sábado, 25 de julho de 2020
quinta-feira, 23 de julho de 2020
EDUCAÇÃO SEM ESCOLA: E AGORA?
Cezar Sena
MESTRE EM EDUCAÇÃO - PUC/SP; COACH - SLAC; MBA Gestão Empreendedora - UFF Especialista em Gestão da Escola - USP; Pedagogo, Psicopedagogo e Neuropsicopedagogo. Professor Faculdade CENSUPEG e Diretor da EE Valêncio Soares Rodrigues. Insta: @cezar.sena Youtube: Cezar Sena
Hoje, mais que nunca, se percebe a importância da educação escolar. Neste período de escolas fechadas, evidenciam outras opções (aplicativos, videoaulas, blogs, lives, etc.), mas a pergunta é: como os pais vão ensinar e orientar sem procedimentos didáticos adequados? Será que os pais estão dando conta de ensinar os conteúdos? A resposta é NÃO! Por mais que tenham boa vontade, falta-lhes a didática, ou seja, o modo COMO ensinar. A educação escolar não acontece de modo improvisado, sem um planejamento pedagógico. Creio que depois da equipe da saúde, os PROFESSORES são os profissionais mais desejados (ou requisitados?) neste momento de isolamento social e de aulas remotas.
Diferente do que muitos pensam, que ensinar é fácil ou que qualquer um pode fazer, lembro-me daquele ditado: “de médico, professor e louco, todo mundo tem um pouco”. Genericamente até pode ser verdade. Mas o ato de ensinar exige que os pais, ao ensinarem, saibam fazer perguntas desencadeadoras que levem à aprendizagem. “Fazer perguntas frequentes, rigorosas e dirigidas a diferentes alunos, à medida que vão demonstrando maior domínio da matéria, é uma ferramenta poderosa e simples para trabalhar com os alunos que têm diferentes níveis de habilidades e ritmos de aprendizagem” (DOUG, 2011:60).
Desse modo, penso que se torna difícil aos pais fazerem as perguntas certas para despertarem a aprendizagem dos seus filhos, e mais árdua ainda quando se tem filhos em diferentes etapas de ensino. Muitos por não terem essa didática ou mesmo o conhecimento a respeito da variedade de conteúdo acabam perdendo a paciência, criando tensões e desgastes emocionais, deste modo, reforçando ainda mais os conflitos de gerações e de culturas.
O desafio está posto. Precisamos adequar a realidade com humildade, para reconhecer que muitos alunos ficarão para trás. Aliás, continuarão. A escola já não vinha dando conta do seu papel de ensinar todos no modo presencial, o contexto apenas evidenciou a situação. Não estou sendo pessimista ou alarmista, os dados com os resultados do último PISA** confirma essa lamentável situação.
De acordo com portal UOL* os dados do PISA divulgados no quarto trimestre de 2019, os resultados não são muito animadores para o Brasil. Em comparação com os dados de 2015, a versão anterior, quando foram avaliados 70 países e territórios, o Brasil caiu da 63ª para a 67ª colocação em Ciências. Nessa disciplina, o país supera apenas países como Cazaquistão e Bósnia e Herzegovina, ficando para trás do Uruguai, Chile e Tailândia, por exemplo. Já em Matemática, o país desceu do 66º para o 71º posto, ficando à frente apenas de Argentina, Indonésia, Arábia Saudita, Marrocos, Kosovo, Panamá, Filipinas e República Dominicana. Em leitura, o país permaneceu praticamente estagnado, conseguindo apenas passar da 59ª para a 58ª posição, ficando atrás de países como México e Romênia.
Apesar dos esforços, sabemos que o ano escolar deixará “lacunas” na aprendizagem dos alunos, especialmente dos mais pobres. O novo modelo educacional exige ainda mais dos estudantes, habilidades como: disciplina, foco e responsabilidade. É preciso que assumam um papel ATIVO diante da sua aprendizagem a fim de desenvolver sua autonomia e autoconhecimento. Por outro lado, os professores também estão tendo que reaprender seu ofício. “Isso significa concentrar-se em mudar as maneiras como as pessoas pensam e interagem e reconhecer que os estudantes aprendem de formas múltiplas e que suas capacidades não são fixadas no momento do nascimento” (SENGE, 2005:72).
Assim, com o esforço de todos, é possível minimizar os impactos que este período de escolas fechadas deixará na vida escolar dos estudantes. Sem ilusão de acreditar que tudo ficará bem como num passe de mágica. Não irá! Mas com muita dedicação dos alunos, formação dos professores com técnicas contextualizadas, com o apoio e incentivo dos pais, levaremos pelo menos uns dois anos para corrigir as defasagens de aprendizagens que já vinham se arrastando. Um dos caminhos é a superação da concepção de ensino, mais tradicional, que não leva em conta os modos como os alunos aprendem.
Erick Mansur (2015), aponta que um dos problemas do ensino tradicional é a apresentação do conteúdo. Com frequência, é tirado diretamente dos livros ou das notas de aula do professor, dando aos estudantes pouco incentivo para assistir às aulas. O problema é a apresentação tradicional do conteúdo, que consiste em quase sempre num monólogo diante de uma plateia passiva. O modelo educacional que mais tem dado resultados positivos é o chamado de “aprendizagem ativas”, defendido por Mansur no seu livro “Peer Instruction: a Revolução da Aprendizagem Ativa”. Neste modelo os alunos participam ativamente de todos os processos, numa aprendizagem colaborativa e solidária.
Como diretor de escola pública, percebo as dificuldades de adaptação neste contexto: alunos, professores e familiares, estão angustiados, com a sensação de insegurança e impotência diante de algo maior e invisível, o VÍRUS. Neste sentido, uma das saídas possíveis é o engajamento de todos numa ação solidária, colaborativa e responsável. Não podemos perder a esperança de que dias melhores virão. Mas não uma esperança passiva. Não apenas ficar esperando um milagre. Nas palavras de Cortella (2020) o grande pensador da educação, Paulo Freire, dizia que é preciso ter esperança para chegar ao inédito viável e ao sonho. Cuidado! Há pessoas que têm esperança do verbo esperar. Esse grande educador e filósofo falava da esperança do verbo “esperançar”. Esperar é: “Ah, eu espero que dê certo, espero que aconteça, espero que resolva”. “Esperançar” é ir atrás, é não desistir. “Esperançar” é ser capaz de buscar o que é viável para fazer o inédito. “Esperançar” significa não se conformar.
REFERÊNCIAS
CORTELLA. Mário Sérgio. O verbo esperançar. Disponível em: http://www.mscortella.com.br/o-verbo-esperancar-4a. Acesso em 20 de jul. 2020.
DOUG, Lemov. Aula nota 10. 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. São Paulo: Da Boa Prosa: Fundação Lemann, 2011.
ERICK, Mansur. Peer instrucion: a revolução da aprendizagem ativa. Tradução: Anatólio Laschuk. – Porto Alegre: Penso, 2015.
SENGE, Peter. Escolas que aprendem: um guia da Quinta Disciplina para educadores, pais e todos que interessa pela educação. Porto Alegre: Artmed, 2005.
*O PISA - Programa Internacional de Avaliação de Alunos – é uma avaliação internacional que mede o nível educacional de jovens de 15 anos por meio de provas de Leitura, Matemática e Ciências.
terça-feira, 14 de julho de 2020
EDUCAÇÃO MEDIADA POR TECNOLOGIAS X EMOÇÃO
Cezar Sena
MESTRE EM EDUCAÇÃO - PUC/SP; COACH - SLAC; MBA Gestão Empreendedora - UFF Especialista em Gestão da Escola - USP; Pedagogo, Psicopedagogo e Neuropsicopedagogo. Professor Faculdade CENSUPEG e Diretor da EE Valêncio Soares Rodrigues. Instagram: @cezar.sena Youtube: Cezar Sena
Nesse tempo de pandemia, os alunos e professores estão com as emoções à flor da pele, e muito se deve ao excesso de exposição nas mídias sociais e às atividades escolares remotas, não estão conseguindo administrar as emoções. “A emoção é uma forma concreta de participação mútua do indivíduo no mundo, ela tem o caráter fisiológico e contagioso, colabora para estabelecer relacionamentos e possibilita interações sociais" (SENA, 2013:101).
Acredito que a ação mais importante no atual cenário de pandemia, seja cuidar das nossas emoções, da saúde mental. Sabe-se que cuidando das emoções, nos preparamos melhor para lidar rapidamente com os eventos da vida. “As emoções também enviam sinais, mudanças nas expressões, na face, na voz, na postura corporal. Não escolhemos essa mudança, elas simplesmente acontecem" (EKMAN, 2011:37).
Em uma pesquisa que realizei por meio do Google form com os alunos líderes de turma da EE Valêncio Soares Rodrigues*. Eles relataram que estão ainda mais ansiosos e angustiados, com muitas dificuldades de gerenciar os estudos, as emoções e as demandas com as tarefas domésticas. Na pergunta ‘Como estão se sentindo neste período de isolamento social?’ alguns apontaram que:
• Em curtas palavras prefiro dizer que aguardo ansiosamente as aulas presenciais e o fim do afastamento social;
• Muito triste, entediada, angustiada;
• Insegurança em não atingir os alunos que mais precisam. Aqueles com vulnerabilidade social.
• Triste e confusa, desanimada, ansiosa;
• Sei lá e diferente eu me sinto diferente. Muito mal.
• Se sentindo sozinho, saudades dos meus sem amigos.
Relatam também que estão se sentindo incapazes por não conseguirem acompanhar as atividades pelo aplicativo, que se perdem nas mensagens, bem como em conversas paralelas durante as aulas. Como podemos observar neste depoimento: “Triste porque o isolamento social está atrapalhando muito meu aprendizado por que na escola sempre tem um professor pra explicar, mas no aplicativo eu não consigo perguntar as minhas dúvidas”.
De acordo com Sena (2013:81) “a escola tem um papel primordial na formação, é um lugar onde convivem diferentes grupos e a criança exercita suas potencialidades, mas também são revelados seus fracassos”. Como podemos comprovar nos depoimentos acima, esse período de isolamento, por falta da escola, os alunos estão com muitas dificuldades de aprender os conteúdos. Sentem-se falta da presença física do professor como o principal mediador da aprendizagem, resultando em muitos o sentimento de frustração e incompetência como bem apontou esse aluno “me sinto pouco frustrado, algumas matérias são difíceis de entender sem um professor por perto (matemática por exemplo)”.
A falta de convivência entre os pares, estão deixando-os abalados, com medo, reforçando ainda mais a ideia do seu possível fracasso, atenuando as dificuldades de aprendizagem. Conviver é um dos grandes desafios da sala de aula, e a presença do professor é determinante no gerenciamento deste espaço de convivência. “É na interação entre os pares que a aprendizagem acontece de maneira significativa e autônoma, por isso é importante o professor conhecer o contexto social do seu aluno, para promover uma aprendizagem mais significativa" (SENA:118).
Este período de isolamento reforçou ainda mais a importância da ação do professor como mediador da aprendizagem, por mais que a tecnologia se colocou como uma ferramenta indispensável neste contexto atual, ela jamais substituirá a ação do professor. No entanto, o professor precisa desenvolver um novo hábito, incorporando no seu fazer pedagógico novas estratégias alinhadas as mídias sociais e o uso das tecnologias. “Quando você começa a formar o novo e melhor hábito, está essencialmente criando novos circuitos que compitam com seu velho hábito numa espécie de darwinismo neural” (GOLEMAN, 2012:100).
A portabilidade da educação presencial para a educação mediada por tecnologias necessita de uma mudança de postura de todos os envolvidos, isso não é e nem será um consenso. Ainda assim, é uma necessidade urgente, provocada pela pandemia do COVID19, que apenas acelerou o processo. Há muitos aspectos positivos com o uso da tecnologia na educação, como aponta o Salman Khan, o fundador da Khan Academy, “a portabilidade radical da educação baseada na internet torna possível que cada um estude de acordo com o seu próprio ritmo, e portanto, com a máxima eficiência” (KHAN, 2013:61).
Assim, para melhorar a eficiência nos estudos neste momento de transição, sugiro duas estratégias para evitar a perda do foco nos estudos:
1. Deixe o aparelho celular no modo silencioso; estabeleça um horário para o estudo e outro para coisas aleatórias, como por exemplo, a checagem de mensagens. Neste caso, prefira checá-las após a realização da tarefa programada, como se fosse um prêmio.
2. Outra dica é o uso de agenda com checklist das tarefas, com conferência ao final do dia. Seu cérebro agradece, pois adora recompensas. É gratificante a sensação de ter realizado as metas. Isso o torna mais produtivo e o estimula a querer produzir mais.
Lembrem-se de que não somos indivíduos que realizam várias tarefas ao mesmo tempo, como erroneamente alguns acreditam. A neurociência aponta que o cérebro não consegue processar dois estímulos ao mesmo tempo e nem armazenar todos os conteúdos das aulas como no arquivo digital. “O cérebro não armazena fatos e ideias e experiencias como um computador, como um arquivo que se abre por um clique, exibindo sempre a imagem idêntica. Ele os incorpora em redes de percepções, fatos e pensamentos, combinações ligeiramente diferentes que pipocam a cada vez” (COREY, 2015:18).
Portanto, procurem conhecer como seu cérebro funciona, realizando uma tarefa de cada vez, logo irá perceber que enquanto a produtividade aumenta, a ansiedade diminui e a estabilidade emocional se estabelece.
*Escola Estadual de Ensino Integral, situada em Vargem Grande Paulista, SP. Pesquisa realizada com os alunos Líderes de turmas pelo GOOGLE FORM em 09 de junho de 2020 (atividade para o Conselho de Classe 1º Bim.) Alunos do Ensino Fundamental e Médio com idade entre 11 a 17 anos).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EKMAN, Paul. A linguagem das emoções: Revolucione sua comunicação e seus relacionamentos reconhecendo todas as expressões das pessoas ao seu redor. São Paulo: Lua de Papel, 2011.
GOLEMAN, Daniel. O cérebro e a inteligência emocional: novas perspectivas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
KHAN, Salman. Um mundo, uma escola. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013.
SENA, Cezar. A relação afetiva professor e aluno, revelada por seus diários. Curitiba: Appris, 2013.
segunda-feira, 25 de maio de 2020
A EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE
Cezar Sena[1]
Fiquei pensando por onde
começar a escrita deste artigo de opinião. Muitas ideias fervilharam em minha
cabeça. São tantas coisas que gostaria de compartilhar, afinal, acredito que o CONHECIMENTO só tem sentido se for para ser COMPARTILHADO.
Comecei a fazer
uma retrospectiva da minha carreira profissional como educador e logo veio o pensamento: como escrever sobre um assunto
que todos pensam entender e têm uma opinião já formada a respeito? Então,
decidi iniciar nossa conversa tentando provocar algumas reflexões no leitor a
respeito da educação.
Crescemos ouvindo
dos nossos pais que a educação é a maior herança; que precisamos estudar para
sermos alguém na vida; que a educação liberta; que devemos respeitar os
professores. São tantas as frases de efeito! Mas o que está acontecendo com a
educação do nosso país, onde essas frases parecem não fazer mais sentido para
essa nova geração?
Não tenho
respostas para essas indagações, mas proponho algumas reflexões. A primeira, é que não
devemos comparar a educação que tivemos com
a educação dos nossos filhos ou netos. O contexto é totalmente diferente. Naquela
época, a educação era para poucos, geralmente só o pai trabalhava fora para
sustentar a família e a mãe era dona de casa e tinha mais tempo para acompanhar
a vida escolar dos filhos, garantindo a rotina dos estudos, diferentemente dos
dias atuais. A segunda, é o modelo educacional, onde o professor era o transmissor de conhecimentos,
era a maior autoridade, o soberano do saber, com respostas prontas para as
perguntas, de acordo com o seu manual. Nesse modelo, o aluno tinha um papel
passivo diante da aprendizagem, o foco era a memorização dos conteúdos e que
não necessariamente precisava fazer sentido.
Hoje, o modelo
educacional vigente precisa levar em conta os modos como as pessoas aprendem.
Os conteúdos necessitam fazer sentido para os estudantes. Os pesquisadores
educacionais apontam que quando os alunos participam ativamente das aulas,
conseguem armazenar melhor as informações no cérebro, ampliando seus
conhecimentos.
Nas últimas
décadas, os educadores vêm sendo bombardeados com várias correntes pedagógicas
que tentam explicar a melhor maneira de ensinar os alunos. Cada uma com seu
“pacote” de receitas milagrosas, explicando os motivos que levam ao fracasso
escolar. Na mesma proporção, os
educadores nunca se sentiram tão perdidos diante de tantas opções. Antes,
tinham apenas um método a seguir, o “tradicional”, sabiam como lecionar, tinham
um “caminho suave” que guiava o seu fazer pedagógico. Seguiam o manual e se os
alunos não conseguiam aprender, a culpa era apenas destes, eram
responsabilizados pelo próprio fracasso. Neste modelo educacional, o professor
tinha sempre um plano pronto, um caminho pré-determinando, independente das
necessidades dos alunos.
No entanto, no
contexto atual, para que o professor possa ser considerado eficiente, é
necessário que todos os seus alunos aprendam. A escola e a prática pedagógica
precisam ser inclusivas, ou seja, levar em conta as reais necessidades dos
alunos. Neste sentido, os manuais “tradicionais” não dão mais conta. Essas
práticas devem ser contextualizadas, e levar em consideração os estilos de
aprendizagens dos alunos.
Assim, percebemos
que há um conflito no modelo educacional.
Podemos dizer que um é analógico (tradicional) e outro digital (contexto atual).
E não adianta querer impor nosso modelo antigo, acreditando ser melhor. Foi
melhor naquele contexto, isso não significa que será positivo para esta nova
geração. Insistir nessa teoria, é como querer abrir um disquete num aparelho de smartphone,
ou seja, impossível. Tecnologias incompatíveis.
Creio que seja possível a convivência harmônica entre as duas gerações:
analógica e digital, desde que haja um respeito recíproco. Com isso, não estou afirmando que o modelo
tradicional é ruim, pelo contrário, foi positivo naquele contexto. Necessitamos
adequar à realidade.
Penso que não
adianta esse saudosismo. O ‘seu’ tempo não voltará mais. É preciso compreender o contexto para poder atuar sobre
ele. Há pontos positivos e negativos nos dois contextos. Um aspecto
positivo que devemos resgatar e incentivar, é o respeito pela figura do
professor, resgatando sua autoridade e a disciplina no ambiente escolar. Quando
falo de autoridade, não quero dizer autoritarismo, onde o professor impõe sua
‘verdade”, mas a autoridade no sentido de RESPEITO.
Há um consenso que o professor dever ser respeitado, valorizado, no entanto,
muitas vezes, só fica no campo das intenções. A melhoria da educação passa necessariamente
pela valorização e respeito à atuação docente.
Outro aspecto
importante é a parceria entre família e escola. Ao conceber que a escola é a
instância integrante do todo social, sendo uma instituição que tem como
objetivo primordial desenvolver as potencialidades físicas, cognitivas e
afetivas dos alunos, por meio da aprendizagem dos conteúdos e para tornarem-se
cidadãos participativos na sociedade em que vivem, as
escolas são, pois, ambientes formativos. Isso significa que a
prática de organização e de gestão pode mudar os modos de pensar e de agir das
pessoas, isto é, tais práticas educam. Neste
sentido, é importante uma ação de parceria entre família e escola. Ambas as
instituições têm papeis constitucionais bem definidos na legislação brasileira.
Alguns pais delegam à escola toda a
responsabilidade na educação dos filhos, como se a única obrigação fosse a
matrícula. Assim, é
urgente e necessária a construção de uma relação entre escola e família – PARCERIA -, de modo que estabeleçam compromissos e acordos mínimos para que o
educando/filho tenha uma educação com qualidade, tanto em casa quanto na
escola. Espero ter contribuído no sentido de provocar reflexões, discussões. Dúvidas,
sugestões, críticas e elogios, deixe seus comentários, terei um grande prazer
em responder. Até o próximo artigo.
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