CLÉRIO CEZAR BATISTA SENA
A educação a distância é uma modalidade de ensino, que há muito tempo faz parte da minha vida, mesmo antes de virar esta tendência. Quanto tinha doze anos e ainda morava no interior da Bahia, fiz dois curso por correspondência (desenho artístico e publicitário), pelo Instituto Padre Réus, e outro administração pelo instituto universal brasileiro, aos 15 anos. Mais tarde fiz outro curso, relações humanas, no SENAC-BA. Algum tempo atrás fiz duas pós-graduações: especialização em educação infantil e psicopedagogia institucional. Com certeza aprendi muito mais do que na minha graduação presencial.
E educação a distancia possibilita uma melhor administração do tempo, mas também exige determinação, disciplina e muita força de vontade. È muito mais difícil do que a educação presencial, engana–se quem pensa que é mais fácil devido ser apenas uma vez por semana.
Para melhor fundamentar esta tendência, segue alguns dados:
Entre 2004 e 2007, o ensino à distância cresceu 213% no Brasil, com o número de matriculados (graduação e pós-graduação) pulando de 309.957 para 972.826. oferecidas por 257 instituições públicas e privadas no país. Os cursos de educação à distancia é uma alternativa para quem mora em cidades pequenas ou tem pouco tempo.
Comparativamente, em 2000 só havia 10 cursos de graduação, com um total de 8 mil alunos. Atualmente, estão credenciados no Ministério da Educação (MEC) 349 cursos a distância, com mais de 430 mil alunos. Na pós-graduação são 255 cursos, com 390 mil estudantes.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao MEC, estudantes da educação a distância se saíram melhor que os alunos presenciais em 7 de 13 graduações avaliadas pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).
A distribuição da educação à distância por níveis de ensino: 45% na graduação, 42% na pós-graduação, 38,6% em outras modalidades de ensino, 17,1% cursos tecnológicos, 14,3% nos cursos profissionalizantes e apenas 0,7 no mestrado. Como podemos observar os cursos de graduação estão em larga expansão, já superou os de pós-graduação em número de alunos.
PERFIL DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Segundo Luciano Sather , o aluno da educação a distância está na faixa etária de 30 a 35 anos. Ele é casado, com filhos, fez o ensino básico numa escola publica, trabalha o dia e tem um rendimento médio mensal de até três salários mínimos. Em geral é um publico mais disciplinado, mais dedicado, porque o ensino a distância é a (única) oportunidade que ele tem. Os alunos na sua grande maioria já estão no mercado de trabalho.
O anuário que o MEC acaba de divulgar mostra que o ensino a distância, além de oferecer oportunidades de formação superior a quem mora em cidades longínquas ou em zonas rurais, pode ter qualidade equivalente aos cursos presenciais.
REFERENCIA
http://www.estado.com.br/editoriais/2008/05/01/edi-1.93.5.20080501.xml acesso em 05/05/2008
http//www.clicrbs.com.br/zerohora - acesso em 24/04/2008
Jornal DESTAK, terça-feira, 22 de abril de 2008.
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