Cezar
Sena[1]
Que a
educação é importante e necessária para a humanidade, não há dúvidas. É o maior
legado que os pais desejam deixar para os filhos. Quem nunca ouviu os famosos
ditados “estude meu filho para ser alguém na vida” ou “educação é o maior
tesouro”. Os políticos apontam que a educação é a prioridade nos seus programas
de governos. Mas infelizmente como podemos verificar nos resultados, não passam
de retórica e programas de intenções. Nosso país ainda continua na lanterninha
no ranking mundial de educação, apesar de muitos investimentos financeiros. É
inegável o considerável aumento do acesso à educação, mas no quesito de
qualidade, continuamos patinando.
Me
tornei educador por acreditar no poder de transformação social e pessoal da
educação. Assumir o desafio como a MISSÃO da minha vida. Mas não foi uma
escolha a priori. Tinha o sonho de estudar psicologia ou direito, mas a
realidade me levou a cursar pedagogia (curso que podia pagar na época). No
princípio a ideia era apenas conseguir emprego como professor para bancar meu
sonho. Como sou determinado e dedicado, procurei dar o melhor nos estudos, fui
aperfeiçoando cada vez mais, e aos poucos, sem perceber, tinha sido
“contaminado” pelo “vírus” da educação, emendando a graduação com
especializações, cursos de atualizações, MBA, mestrado em educação, me
profissionalizando cada vez mais.
Nestes
mais de 25 anos de atuação, atuando em vários cargos e funções, tenho convicção
que a educação me proporcionou inúmeras conquistas, sou quem sou, graças ao
poder transformador da educação. Todo o educador precisa ter ciência e
consciência que por meio da sua atuação profissional está contribuindo para a
melhoria da sociedade. Como já dizia Paulo Freire no seu livro Pedagogia da
Autonomia “Não posso ensinar o que não sei. Mas, este, repito, não é saber
de que apenas devo falar e falar com palavras ao vento leva. É saber, pelo
contrário, que devo viver concretamente com os educandos. O melhor discurso
sobre ele é o exercício de sua prática”.
O
gosto de aprender para ensinar me acompanha deste a infância. Puxando a
memória, posso dizer que desde criança exerci a prática educadora: catequista
aos 13 anos; líder de grupo de jovens, da Pastoral da Crianças e coordenador de
comunidade aos 15 anos (na Bahia). A primeira vez que entrei numa sala de aula
formalmente como professor foi aos 17 anos, para alfabetizar os pais das
crianças atendidas pela Pastoral da Criança, na época estudante do magistério
(1989).
No
seu livro o Grande Potencial, o autor Shawn Achor, diferencia os conceitos de
emprego, carreira e missão. “Um emprego não passa de uma atividade a ser
suportada em troca de um salário. Uma carreira é um trabalho que oferece
prestígio ou uma posição na sociedade. Uma missão é um trabalho que você
considera parte integral da sua identidade e do sentido da sua vida, uma
expressão de quem você é e uma fonte de gratificação e propósito”. Portando,
partindo desses pressupostos posso afirmar que na educação descobri o meu
propósito de vida, que é contribuir por meio da minha atuação profissional para
uma sociedade mais justa, plural e solidária, ou seja, fazer a diferença na
vida das pessoas. Deixo aqui um conselho - Descubra e assuma sua missão e verás
que o peso das responsabilidades se tornará mais leve e gratificante.
[1] Mestre em Educação – PUC/SP;
Especialista em Gestão – USP; MBA em Gestão Empreendedora – UFf; Diretor de
Escola Estadual; Prof. Universitário; Escritor, Coach e Palestrante. Insta: @cezar.sena / Youtube: Cezar
Sena
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