quinta-feira, 29 de setembro de 2011

“As Três Peneiras de Sócrates”

Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação
pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces,
presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é
verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da
bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE

. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do
meu amigo?
- Útil? Na verdade, não.
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil,
então é melhor que o guardes apenas para ti.

domingo, 25 de setembro de 2011

12 DICAS PARA SE SENTIR BEM

1 – Respire fundo
Dê longos, profundos e lentos respiros para ajudar a oxigenar todo o seu sistema. Conte até 10 à medida que o ar vai entrando por seu nariz, e depois conte até 10 enquanto você expele o ar por sua boca. Repita isto 10 vezes para relaxar.

2 – Saia do lugar
Quando as coisas não estiverem funcionando no local onde você está, ou na atividade em que você está trabalhando, mude o local ou a atividade por um tempo. Quando você voltar, você terá uma chance melhor de ver as coisas de forma diferente.

3 – Escolha os ambientes adequados
Esteja você em casa, no escritório, ou na hora do lazer, foque-se em suas necessidades e interesses; encontre ambientes que combinem com eles. Você se sentirá menos Stressado se o ambiente for confortável para você.

4 – Faça suas refeições longe da bagunça
Afaste-se de seu espaço de trabalho na hora de almoçar ou jantar. Veja seu alimento como um sustento necessário. Dê-se o sentimento de estar se cuidando. Quando você se cuida, você tem menos Stresse.

5 – Exercite-se

Levante-se e se mexa, especialmente depois de longos períodos sentado no trabalho. Seu corpo precisa de exercícios, e o oxigênio precisa passar pelo seu corpo abundantemente. Um corpo tenso pode ser Stressante.

6 – Procure Tratamentos Corporais relaxantes
Vários tipos de tratamentos corporais podem te ajudar a diminuir o Stresse: massagem, shiatsu, e outras técnicas relaxantes são possibilidades.

7 – Entre em contato com a natureza
Estar em contato com a natureza é estar em contato com algo maior que si mesmo. Dê uma caminhada, cultive um jardim, observe as folhas quando mudam as estações: ao fazê-lo você tem uma noção realista de si mesmo com relação ao funcionamento das coisas.

8 – Preste atenção à sua aparência.
Faça algo para se sentir mais atraente. Quando você sentir que está em sua melhor aparência, você se sentirá melhor. E isto, em retorno, reduz o seu Stresse.

9 – Procure a água como refúgio
Entre na banheira ou chuveiro de água quente. No clima quente, uma ducha fria pode resolver. Sinta o Stresse se dissolvendo enquanto você aproveita as propriedades restaurativas da água.

10 – Durma tanto quanto precisar
Não deixe nada o impedir de ter o descanso que precisa. Você tomará melhores decisões se estiver descansado, e você ficará menos propenso ao Stresse.


11 – Preste atenção ao que coloca pra dentro de seu corpo
Não subestime o efeito negativo de cafeína, açúcar, tabaco, sabores e cores artificiais, carne e comidas processadas em seu corpo. Uma dieta de alimentos integrais e orgânicos vai contribuir para uma saúde melhor e maior bem estar.

12- Faça pequenas pausas no trabalho
A cada 2 horas de trabalho ou estudo, pare pelo menos 2 minutos para relaxar. Respire fundo, alongue-se e beba um copo de água. Seu cérebro vai trabalhar melhor depois de um pequeno intervalo.

Fonte: http://www.organizesuavida.com.br/si/site/490103 acesso em 21/11/2009

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NINGUÉM É SUBSTITUÍVEL !!!

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível"!

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E Beethoven?

- Como? - o encara o diretor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio…

O funcionário fala então:

- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? Etc.?…

O rapaz fez uma pausa e continuou:

- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus 'erros ou deficiências'?

Nova pausa e prosseguiu:

- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN ERA SURDO , se PICASSO ERA INSTÁVEL , CAYMMI PREGUIÇOSO , KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Divagando o assunto, o rapaz continuava.

- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de ‘técnico de futebol’, que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas; ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola; ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria PERDIDO todos esses talentos.

Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor, olhava para baixo pensativo. O volto a dizer nesses termos:

- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados… Apenas peças… E nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões que 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:…NINGUÉM…Pois nosso Zaca é insubstituível.” – concluiu, o rapaz e o silêncio foi total.
Conclusão:


PORTANTO NUNCA ESQUEÇA:

VOCÊ É UM TALENTO ÚNICO!

COM TODA CERTEZA NINGUÉM TE SUBSTITUIRÁ!


"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."


"NO MUNDO SEMPRE EXISTIRÃO PESSOAS QUE VÃO TE AMAR PELO QUE VOCÊ É… E OUTRAS… QUE VÃO TE ODIAR PELO MESMO MOTIVO… ACOSTUME-SE A ISSO… COM MUITA PAZ DE ESPÍRITO…"


É bom para refletir e se valorizar!

Bom dia... INSUBSTITUÍVEL!!!!!

ALIÁS VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR QUE ESTE DIA É INSUBSTITUÍVEL!!!!!!
QUE VOCÊ POSSUI ALGO QUE ALGUEM PRECISA......

terça-feira, 20 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Observação E O Registro Como Instrumentos De Avaliação Na Educação De Jovens E Adultos : Uma Ponte Para O Aprendizado

Uma sombra, uma árvore grande, com folhas verdes e muitas frutas em seus galhos. Um céu limpo, sem nuvens e muitos passarinhos cantando. Uma menina observa esta linda paisagem da natureza.
Mas será que é isso mesmo que ela observa ou essa paisagem está apenas em sua imaginação, “dentro de seus olhos”? Ou será que ela se deixou levar pelo que veria, por suas expectativas? A sua cultura, o lugar onde mora e seus conhecimentos prévios importam neste momento? Será que outra pessoa, de outro país, de outra cultura, enxergaria esta mesma cena, desta mesma forma?
Acredito que para observarmos não são necessárias as imagens do que nossos olhos conseguem ver, mas também, precisamos nos atentar para os nossos conhecimentos prévios, da nossa cultura, dos conhecimentos, das expectativas.
Mas, fomos preparados para observar? Será que a nossa capacidade de observação foi desenvolvida? Madalena Freire aborda:
“Não fomos educados para olhar pensando o mundo, a realidade, nós mesmos. Nosso olhar cristalizado nos estereótipos produziu em nós paralisia, fatalismo, cegueira.
Para romper esse modelo, a observação é a ferramenta básica neste aprendizado da construção do olhar sensível e pensante.
Olhar que envolve atenção e presença. Atenção que envolve sintonia consigo mesmo e com o grupo. Concentração do olhar que inclui escuta de silêncios e ruídos na comunicação.
O ver e o escutar fazem parte do processo da construção desse olhar. Em geral, não ouvimos o que o outro fala; mas sim o que gostaríamos de ouvir.
O mesmo acontece em relação ao nosso olhar estereotipado, querendo ver só o que nos agrada, o que sabemos, também reproduzindo um olhar de monólogo.
Ver e ouvir demandam implicação, entrega ao outro. A ação de olhar e escutar é um sair de si para ver o outro e a realidade segundo seus próprios pontos de vista, segundo sua história.
Neste sentido a ação de olhar é um ato de estudar a si próprio, a realidade, o grupo à luz da teoria que nos inspira.
Este aprendizado de olhar estudioso, curioso, questionador envolve ações do pensar: o classificar, o selecionar, o ordenar, o comparar, o resumir, para assim poder interpretar os significados lidos. Neste sentido o olhar e a escuta envolvem uma ação altamente movimentada, reflexiva, estudiosa.”
O olhar e o escutar têm funções bem definidas e, servem para conhecer quem são os alunos e a relação deles com a realidade da qual fazem parte; e conhecer para avaliar e planejar as ações educativas que irão acontecer.
De uma maneira objetiva, o professor observa tudo que considera importante para iluminar a sua prática, tudo que chama sua atenção, que faz pensar e querer saber mais. A observação que está sendo alvo da nossa atenção vai além desse ver espontâneo: quer saber mais para interferir melhor.
Segundo os Cadernos volumes 3 e 4 da SECAD - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade da coleção “Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos”:
Como ferramenta básica do seu fazer, a observação está presente nas diferentes atividades de um(a) professor(a):
_ na busca de compreender cada vez melhor seus alunos. Neste sentido a observação busca saber como trabalham na sala de aula, quais seus interesses, suas dificuldades e facilidades, sua forma de relacionar com os colegas, com o(a) professor(a) e suas características pessoais: timidez, tranqüilidade, agitação, concentração, habilidades, sua forma de pensar.
_ na avaliação do que sabem os alunos. A observação contribui para a análise das hipóteses que quer provar, no que parece incompreensível, no que é só intuição.
_ no acompanhamento do planejamento. Ao acompanhar o desenvolvimento das ações planejadas, o(a) professor(a) avalia sua própria ação, notando os aspectos onde planejou de acordo com a realidade de sua classe e nos momentos onde se afastou dela.
_ no registro do(a) professor(a). A observação cumpre um papel relevante ao contribuir para a percepção da realidade - objeto do registro do(a) professor(a). Ela faz notar o que não aparece com evidência e que exige saber ver, ouvir e interpretar.
Nessa perspectiva, o processo de ensino é um desafio para o professor, e também transpassa o modelo de avaliação antiga, quantitativa, valorizando o aluno como ser social e histórico. O educador deverá estar atento à investigação das questões que merecem maior investimento pedagógico e, conseqüentemente, alteração nos encaminhamentos didáticos.
Nesse sentido, Dalben diz:
Este novo conceito de avaliação defende uma nova concepção de trabalho pedagógico, alterando a perspectiva transmissiva de processo de ensino. Proclama uma interação permanente: professor x aluno x conhecimento e, neste contexto, o sentido da avaliação direciona-se para um processo de investigação contínua e dinâmica da relação pedagógica como um todo (1999, p.78).
Esta observação como avaliação, vai de encontro com outra prática que é de suma importância para a qualidade do ensino nos dias de hoje: o registro. Esses dois meios de avaliação devem seguir juntos pois, um depende do outro e se complementam.
A humanidade vive, desde os primórdios, em meio aos registros. Eles fazem parte do nosso dia-a-dia e podem reconstruir a história de nossos antepassados e da atualidade.
Para o registro ser eficaz, é necessário agrupá-lo aos pensamentos e à escrita, ampliando assim, o domínio da linguagem escrita e dinamizar o potencial de criatividade próprio de cada um. Registrar como uma prática pedagógica requer detalhar o processo de construção do conhecimento, anotar ideias – toda e qualquer documentação permite a reflexão e o acompanhamento das descobertas que ocorrem dentro e fora da sala de aula. O professor poderá registrar as suas reflexões e revisar a sua didática, as suas aulas, o seu planejamento e assim, terá um material, uma maneira forma concreta de se auto-avaliar, tendo algumas ideias aprofundadas e outras corrigidas.
O texto escrito possui a inferência de quem escreve e por isso, escrever não é uma tarefa fácil e exige paciência, dedicação e trabalho. Para tanto, é necessária uma tomada de consciência e de disciplina. Os escritos não ocorrerão de um dia para o outro e esta habilidade não será implantada se não houver uma dedicação. É preciso organizar os pensamentos para que o texto ou as frases fluam, de modo a serem passadas para o papel.
Quando organizado, o registro torna-se referência para quem está envolvido no processo educativo: alunos, professores, funcionários e pais. O registro passará a ser uma atividade contínua, progressiva, sistemática, flexível, orientador da atividade educativa e personalizada.
O registro tem como função principal surpreender nossa consciência consciente e abrir frestas para que possamos construir hipóteses e formular perguntas sobre as razões do nosso pensar. O registro permite a ampliação da memória, uma diversidade de funções e está a serviço de diferentes propósitos: comunicar, documentar, refletir, organizar, rever, aprofundar e historicizar. A forma e o conteúdo do registro também podem e devem variar, tanto quanto variam suas finalidades. O registro escrito torna visível estes diferentes objetivos. Além disso, o ato de escrever nos obriga a fazer perguntas, levantar possíveis respostas e organizar o que pensamos. Tudo isso nos leva a dar conta de que caminhos devemos seguir, que mudanças devemos fazer, que escolhas não foram felizes e que decisões facilitaram as aprendizagens dos alunos. Esse caminho nos aponta para formas de intervenção do professor e para a dinâmica vivida pelos alunos.
A reflexividade, segundo Hammersley e Atkinson (1994)
“[...] implica que as orientações dos investigadores podem tomar forma mediante sua localização sócio-histórica, incluindo os valores e interesses que estas localizações os conferem. O que isso representa é uma negociação da idéia de que a investigação social é, ou pode ser, realizada numa espécie de território autônomo isolada da sociedade mais ampla e da biografia particular do investigador, no sentido de que seu sucesso pode ficar livre dos processos sociais e de suas características pessoais (p.31)”.
Alguns registros são tão ricos em descrições que, ao lê-los, podemos imaginar a sala de aula, os alunos falando, escrevendo, debatendo, o professor intervindo, andando pelo espaço, atendendo seus alunos e os conhecimentos sendo construídos.
O acompanhamento do percurso do aluno na sua aprendizagem é de grande utilidade na EJA. Não é fácil para os alunos, principalmente para quem está nos níveis iniciais, perceberem o seu desenvolvimento. A possibilidade de, através da seqüência de seus progressos, mostrar para eles a sua evolução é, muitas vezes, motivo para não desistir da escola.
O próprio ato de reunir diferentes documentos relativos a uma prática pedagógica já constitui uma importante forma de guardar a memória das nossas realizações. É o registro documental, tão útil ao conhecimento histórico.
Como vimos há muitas formas de registrar, as que foram apresentadas e outras mais. Todas elas têm seu significado: algumas são mais apropriadas para um determinado objetivo, outras mais usuais, talvez, por serem mais práticas, menos exigentes.
No meio de tantas possibilidades destacamos o registro escrito, que por suas características, se tornou um dos mais importantes instrumentos de aprimoramento do professor.
O professor Cezar Sena que há algum tempo vem trabalhando com o registro do professor comenta as diferentes formas do registro:
“Existem vários meios e funções para o ato de registrar. O meio mais comum é o registro escrito. Temos o registro fotográfico, o registro sonoro, pictográfico - pinturas, desenhos, etc, registro cinematográfico - filmes em vídeo e DVD, registro mental – nossas memórias etc. No que se refere ao ato de registrar por escrito, destacamos três formas: a dissertativa, a narrativa e a descritiva.
Escrever de forma dissertativa é expor opiniões, pontos de vista fundamentados em argumentos e raciocínios baseados em nossa vivência, nossas leituras, nossas posturas, nossas conclusões a respeito da vida, dos colegas e de nós mesmos. Exerce-se, assim, o direito de ter idéias e expressá-las, respeitando as idéias dos outros, assumindo uma postura que problematize a realidade emostre os fundamentos de tal problematização.
A narração é uma das mais antigas e fecundas expressões dalinguagem. É uma aventura que tem o poder de nos fazer viajar, mergulhar nos relatos alheios e perceber neles os nossos próprios relatos, subentendidos ou explicitados, vividos ou sonhados.Narrar é contar, relacionar situações e personagens no tempo e no espaço, é perceber o que aconteceu, o que poderia ter acontecidoe contar, relatar, repartir com os ouvintes ou leitores as histórias de nossas histórias.
Para se descrever algo, considera-se primariamente dois elementos: quem observa e o objeto a ser observado. Descrevemos fatos e acontecimentos com base no que conseguimos captar através dos nossos sentidos. Quanto mais amplas forem nossas observações, maior será a riqueza de detalhes do material registrado, facilitando a reconstrução, possibilitando maior reflexãopor parte do leitor.
Independente do estilo de escrita de cada professor, se faznecessário reforçar o princípio básico da reflexão e da intencionalidadenesta ação. Registrar para refletir. Refletir para tomar consciência do momento presente para redirecionar, se necessário, sua prática.”
O processo de ressignificação da prática pedagógica configura-se como um processo que se efetiva mediado pela reflexão critico-reflexiva do professor sobre seu próprio trabalho. O que pressupõe, portanto, partir da base do contexto educativo real, nas necessidades reais dos sujeitos, nos problemas e dilemas relativos ao ensino e à aprendizagem. Assim considerada, a reflexão crítico-reflexiva da prática pedagógica necessita de mediação que permita a visualização com maior precisão de sua organização e sistematização e, mesmo, uma forma concreta de efetivação a permitir uma reflexão sistemática sobre seus diferentes aspectos.
Partindo desse pressuposto, focalizamos aqui neste artigo, como objeto de estudo o registro escrito dos professores na perspectiva de ressignificação da prática pedagógica por compreender que, as práticas de escrita vivenciadas nos diversos contextos escolares constituem-se valiosos instrumentos de
reflexão crítica, bem como de diagnóstico das situações vivencias acerca do desempenho do exercício da docência.
BIBLIOGRAFIA
AGOSTINHO. As Confissões. São Paulo, Editora das Américas, 1964.
ALARCÃO, Isabel (org.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto Editora, 1996.
ANDRÉ, Marli E. D. A. Etnografia da Prática Escolar. 11. ed. Campinas, SP: Papirus, 2004.
BORTONI- RICARDO, S. M. Nós cheguemu na escola e agora, e agora?: Sociolingüística & Educação. São Paulo: Parábola, 2005.
Cadernos volumes 3 e 4 da SECAD - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade da coleção “Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos”. Governo Federal da União. Brasil.
SENA, Cezar. Luis Mario da Conceição, Mariza V. e outros. O educador reflexivo: registrando e refletindo. São Paulo, Ed. Doxa - 2004.
HAMMERSLEY, Martyn; ATKINSON, Paul. Etnografia: métodos de Investigacíon. 2.ed. Barcelona, México: Paidós, 1994.
LURIA A.R, Pensamento e Linguagem. As últimas conferências de Luria, Porto Alegre - Artes Médicas, 1987.
FREIRE, Madalena. Observação, Registro, Reflexão. Série Seminários Espaço Pedagógico. São Paulo - 1996.
WARSCHAUER, Cecília. A roda e o registro. Editora Paz e Terra – São Paulo.
FONTE: http://www.artigonal.com/educacao-online-artigos/a-observacao-e-o-registro-como-instrumentos-de-avaliacao-na-educacao-de-jovens-e-adultos-uma-ponte-para-o-aprendizado-1094365.html ACESSO EM 24/07/2010

sábado, 10 de setembro de 2011

“Não consideremos um sonho impossível realizar aquilo que hoje poucos têm a ousadia de assumir: que o mundo pode mudar para melhor”. Chiara Lubich

EDUCAÇÃO A DISTÃNCIA – LEVANDO EDUCAÇÃO A TODOS

CLÉRIO CEZAR BATISTA SENA

A educação a distância é uma modalidade de ensino, que há muito tempo faz parte da minha vida, mesmo antes de virar esta tendência. Quanto tinha doze anos e ainda morava no interior da Bahia, fiz dois curso por correspondência (desenho artístico e publicitário), pelo Instituto Padre Réus, e outro administração pelo instituto universal brasileiro, aos 15 anos. Mais tarde fiz outro curso, relações humanas, no SENAC-BA. Algum tempo atrás fiz duas pós-graduações: especialização em educação infantil e psicopedagogia institucional. Com certeza aprendi muito mais do que na minha graduação presencial.
E educação a distancia possibilita uma melhor administração do tempo, mas também exige determinação, disciplina e muita força de vontade. È muito mais difícil do que a educação presencial, engana–se quem pensa que é mais fácil devido ser apenas uma vez por semana.
Para melhor fundamentar esta tendência, segue alguns dados:
Entre 2004 e 2007, o ensino à distância cresceu 213% no Brasil, com o número de matriculados (graduação e pós-graduação) pulando de 309.957 para 972.826. oferecidas por 257 instituições públicas e privadas no país. Os cursos de educação à distancia é uma alternativa para quem mora em cidades pequenas ou tem pouco tempo.
Comparativamente, em 2000 só havia 10 cursos de graduação, com um total de 8 mil alunos. Atualmente, estão credenciados no Ministério da Educação (MEC) 349 cursos a distância, com mais de 430 mil alunos. Na pós-graduação são 255 cursos, com 390 mil estudantes.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao MEC, estudantes da educação a distância se saíram melhor que os alunos presenciais em 7 de 13 graduações avaliadas pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).
A distribuição da educação à distância por níveis de ensino: 45% na graduação, 42% na pós-graduação, 38,6% em outras modalidades de ensino, 17,1% cursos tecnológicos, 14,3% nos cursos profissionalizantes e apenas 0,7 no mestrado. Como podemos observar os cursos de graduação estão em larga expansão, já superou os de pós-graduação em número de alunos.

PERFIL DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Segundo Luciano Sather , o aluno da educação a distância está na faixa etária de 30 a 35 anos. Ele é casado, com filhos, fez o ensino básico numa escola publica, trabalha o dia e tem um rendimento médio mensal de até três salários mínimos. Em geral é um publico mais disciplinado, mais dedicado, porque o ensino a distância é a (única) oportunidade que ele tem. Os alunos na sua grande maioria já estão no mercado de trabalho.
O anuário que o MEC acaba de divulgar mostra que o ensino a distância, além de oferecer oportunidades de formação superior a quem mora em cidades longínquas ou em zonas rurais, pode ter qualidade equivalente aos cursos presenciais.


REFERENCIA

http://www.estado.com.br/editoriais/2008/05/01/edi-1.93.5.20080501.xml acesso em 05/05/2008
http//www.clicrbs.com.br/zerohora - acesso em 24/04/2008
Jornal DESTAK, terça-feira, 22 de abril de 2008.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Mapas Mentais


Mapas Mentais

  “Quando Um homem estabelece um limite ao que quer fazer, ele também o faz sobre o que pode fazer”. 
(Charles M. Schwab    
MAPAS MENTAIS
CEZAR SENA[I]
Podemos fazer uma analogia da disposição das idéias dos “Mapas Mentais” com a estrutura de uma árvore. A árvore possui o tronco central (que corresponde ao nosso tema principal), os galhos que saem do tronco (que são os grandes parágrafos ou agrupamento de uma idéia), alguns ramos mais finos que saem desses galhos (que são pontos de menor importância), e as folhas (que são os detalhes relevantes).
Os “Mapas Mentais” não têm o aspecto de árvore, eles são mais parecidos com fluxogramas. A analogia acima mencionada serve para ilustrar como o esquema de disposição de ideais funciona. Sempre que você aprender algo tente repetir em voz alta, assim a informação será armazenada com mais qualidade e a memorização mais significativa. (ZANCANER, 1995)
Treinar nossa memória exige muita disciplina. Não é segredo pra ninguém que ler um livro ou estudar para um prova em frente à televisão é perder tempo mesmo. Para começar um estudo, antes de tudo, você deve ter metas e um ambiente sem interferências (rádios ligados, TVs). Repita aquilo que aprendeu para você mesmo, para memorizar as aprendizagens recentes. Os resumos também são ótimas opções para gravar o que foi estudado. È importante também criar um clima, um ambiente que favoreça a aprendizagem. Prefiro estudar ao som de música clássica, num ambiente arejado e claro. Mas cada um deve criar seu ambiente que favoreça a concentração.
Nosso cérebro é melhor que o computador, pois a partir de nossa criatividade – algo que o computador não tem – podemos melhorar bastante a qualidade da informação que recebemos. Mas se nosso cérebro for mal-alimentado, teremos muita dificuldade para aprender e criar. Ler e ouvir são as formas básicas usadas para alimentar nosso cérebro.
Ler é aprender de um professor que não está presente. Aprender com os livros requer trabalho e energia. Aprender a partir de uma leitura é um trabalho bastante pessoal. Podemos ler para nos divertir, para nos informar, para aprender, ou para nos enriquecer. (ZANCANER, 1995)
Quando lemos para aprender, precisamos fazer um esforço maior, que depende de nossa vontade e também de saber “como” ler.
A compreensão de um texto exige mais atenção de que um simples correr de olhos sobre o que está escrito. Exige que se faça a ligação daquilo que você leu com seus conhecimentos prévios para um melhor entendimento.
Compreender um texto vai muito além de apenas entender o que está escrito e ser capaz de repetir.

DICAS PARA SE TORNAR UM MELHOR LEITOR
·         Vá em frente, quando não estiver entendendo, não desista;
·         Destaque as informações principais com um marca texto;
·         Faça anotações. A escrita é um poderoso instrumento para preservar o conhecimento; ao terminar uma leitura, anote resumidamente o que leu.
·         Leia sempre; (placas, outodoor, faixas...)
·         Leia todos os dias;
·         Freqüente banca de jornal, bibliotecas, etc.
·         Reserve um tempo do seu dia para ler alto;
·         Leia livros em que você esteja realmente interessado;
·         Utilize o jornal para desenvolver o hábito diário da leitura;
·         Dê livros de presentes;
·         Sinta prazer na leitura;
·         Aproveite suas férias para ler.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ZANCANER, Carmem Lúcia Coube. Como Captar a Mensagem: Dicas para ler e ouvir melhor. Bauru, SP. Edições Tilibra, 1995.






[i] Mestre em Educação: Psicologia da Educação, PUC/SP. Psicopedagogo Institucional e Clínico, Especialista em Educação Infantil e Pedagogo.

DESENVOLVA SUA CRIATIVIDADE

DESENVOLVA SUA CRIATIVIDADE


CEZAR SENA[1]



Muitas pessoas acreditam erroneamente que a CRIATIVIDADE é um dom inato. Que elas nasceram assim mesmo têm que se conformarem. Mas o que é mesmo criatividade? De onde vem a criatividade? Você se acha criativo? Acha que ter criatividade é privilégio de poucos? Pois bem, neste artigo, minha intenção sensibilizá-los ou provocá-los a refletir sobre o que é criatividade.
Verifique se você já passou pela seguinte experiência. Num dado momento da vida lhe deu um “estralo”, eureka! Surgiu uma grande idéia. Mas quando comentou com alguém foi logo rotulado como louco. Ou por exemplo, ao observar uma obra de arte, considerou o artista que a criou louco. Não se preocupe. Segundo a visão da psicanálise de Sigmund Freud esta interpretação não está totalmente equivocada. “De longe, a mais importante para Freud, a criatividade, origina-se num conflito dentro do inconsciente (id). Mais cedo ou mais tarde, o inconsciente produz uma “solução” para o conflito. Assim, neurose e criatividade têm a mesma fonte, sendo tanto a pessoa criativa como a neurótica impelida pela mesma força: a energia do inconsciente”. (Barreto 1982:88)

Não que uma pessoa criativa necessita ser neurótica, muito pelo contrário, a lucidez é que nos dá a consciência da nossa criatividade. Para Barreto 1982 a criatividade é uma expressão de sanidade. No comportamento criativo, uma pessoa sente dignidade, autoconfiança, amor e bem-estar emocional.
Concordo que a “criatividade é uma expressão de sanidade” e provavelmente você já experimentou a sensação de um ato de criação, aquele bem-estar emocional que nos envolve e nos faz tanto bem. Portando a criatividade é aprendida, precisamos desapegar desse mito que nos impede de nos desenvolver. Acredite, ninguém nasce criativo, nos tornarmos assim lendo, pesquisando, ouvindo e acima de tudo compartilhado nossos saberes para aumentar o esse potencial: ACREDITE EM VOCÊ, na sua capacidade criativa, mas não esqueça:

1ª) Procure romper suas "verdades únicas", por mais doloroso que isto seja para você;
2ª) Procure aprender com seus erros, não fique martirizando a si próprio;
3ª) Valorize as experiências pessoais daqueles que estão próximos de você;
4ª) Desenvolva o hábito de leitura;

Referências:
BARRETO, Roberto Mena. Criatividade em propaganda. 3ª Ed. São Paulo: Summus, 1982
SENA, Clério Cezar Batista, CONCEIÇÃO, Luiz Mário: provocações, percepções e criatividade. 2003 (apostila)


[1] Mestre em Educação: Psicologia da Educação-  PUC/SP, Psicopedagogo Institucional / Clinico e Especialista em Ed. Infantil e pedagogo.
Apresentação da minha pesquisa de Mestrado na UFRJ, julho, 2011
O CONHECIMENTO SÓ TEM SENTIDO SE FOR PARA SER COMPARTILHADO! EIS UM DOS OBJETIVOS DESTE BLOG. COMPARTILHAR ALGUNS SABERES!

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