terça-feira, 3 de julho de 2012


Pais brilhantes, professores fascinantes – Augusto Cury. – Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

Educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas. Educar é ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. Educar é ser um garimpeiro que procura tesouros do coração. p.9

As crianças e jovens aprendem a lidar com fatos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e falhas. Aprendem  a resolver problemas matemáticos, mas não sabem resolver seus conflitos existências. P.12

O sofrimento nos constrói ou nos destrói. Devemos usar o sofrimento para construir a sabedoria. Mas quem importa com a sabedoria na época da informática. P.13

Bons professores estão estressados e gerando alunos despreparados para vida. Bons pais estão confusos e gerando filhos com conflitos.
Precisamos ser educadores muito acima da média se quisermos formar seres humanos inteligentes e felizes, capazes de sobreviver nessa sociedade estressante. P.16

Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender. P. 17

Os pais que vivem em função de dar presentes para seus filhos são lembrados por um momento. Os pais que se preocupam em dar a su história aos filhos se tornem inesquecíveis. P.21

A individualidade deve existir, pois ela é o alicerce da identidade da personalidade. Não há homogeneidade no processo de aprender e no desenvolvimento das crianças (Vigotsky, 1987). Não há duas pessoas iguais no universo. Mas o individualismo é prejudicial. Uma pessoal individualista quer que o mundo gire em torno de sua órbita, sua satisfação está em primeiro lugar, mesmo se isso implicar o sofrimento dos outros. P. 25

Surpreender os filhos é dizer coisas que eles não esperam, reagir de modo diferente diante dos erros, superar as suas expectativas. P. 35

Infelizes dos pais que não conseguem aprender com seus filhos e corrigir suas rotas. Infelizes dos professores que não conseguem aprender com seus alunos e renovar suas ferramentas. A vida é uma grande escola que pouco ensina para quem não sabe ler. P. 53

Eduque a emoção com inteligência. E o que é educar a emoção? É estimular o aluno a pensar antes de reagir, a não ter medo, de ser líder de si mesmo, autor da sua história, a saber filtrar os estímulos estressantes e a trabalhar não apenas com fatos lógicos e problemas concretos, mas também com as contradições da vida. P. 66

Os professores fascinantes objetivam que seus alunos sejam lideres de si mesmos. Proclamam de diversas formas em sala de aula aos seus alunos: “que vocês sejam grandes empreendedores. Se empreenderem, não tenham medo de chorar. Se chorarem, repensem as suas vidas, mas não desistam. Dêem sempre uma nova chance a si mesmos.” P. 80

Leve os jovens a ter flexibilidade no trabalho e na vida, pois só não muda de idéia quem não é capaz de produzi-la. Leve-os a extrair de cada lágrima uma lição de vida. P.81

Um vexame público paralisa a inteligência e gera o medo de expor idéias. Estimulem os jovens a refletir. Quem estimula a reflexão é um artesão da sabedoria. P. 87

Estimados educadores, temos de ter em mente que os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam. Mas não é possível ser forte sem perceber nossas limitações. P. 92

Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias. P. 95

A rejeição de uma idéia negativa poderá nos fazer escravos dela. Rejeite uma pessoa, e ela dormirá com você, estragando seu sono. Perdoa-la fica emocionalmente mais barato. P. 106

A emoção determina a qualidade do registro. Quanto maior o volume emocional envolvido em uma experiência, mais o registro será privilegiado e mais chance terá de ser resgatado. P. 108

O passado é um grande alicerce para edificarmos novas experiências, e não para vivermos em função dele. Toda vez que vivemos em função do passado, obstruímos a inteligência e adoecemos, como é o caso das perdas e dos ataques de pânicos não superados. P. 114

A música ambiente tem três grandes metas. Primeiro, produzir a educação musical e emocional. Segundo, gerar o prazer de aprender durante as aulas de matemática, física, história. Platão sonhava com o deleite de aprender (Platão, 1985). Terceiro, aliviar o síndrome do pensamento acelerado (SPA), pois quieta o pensamento, melhora a concentração e assimilação de informações. A música ambiente deveria ser usada desde a mais tenra infância na sala de casa e na sala de aula. P. 122

A sala de aula não é um exército de pessoas caladas nem um teatro onde o professor é o único ator e os alunos, espectadores passivos. Todos são atores da educação. A educação dever ser participativa. Os educadores são escultores da emoção. Eduquem olhando nos olhos, eduquem com gestos: eles falam tanto quanto as palavras. P. 125

Os professores devem superar o vício de transmitir o conhecimento pronto, como se fossem verdades absolutas. P. 128

Quando uma pessoa pára de perguntar, ela pára de aprender, pára de crescer. Preciso estar alerta, me reciclar e me esvaziar continuamente, para continuar sendo um engenheiro de novas idéias. Um professor fascinante deve fazer pelo menos dez perguntas para os alunos durante o tempo de uma aula. P. 130    

Quando o mundo nos abandona, a solidão é tolerável, mas quando nós mesmos nos abandonamos, a solidão é quase insuportável. P. 131

Educar é contar histórias. Contar histórias é transformar a vida na brincadeira mais séria da sociedade. Precisamos contar mais histórias. Os pais precisam ensinar a seus filhos, criando histórias. Os professores precisam contar histórias para ensinar as matérias com o tempero da alegria e, às vezes, das lágrimas. P. 132

Professores e alunos dividem o espaço de uma sala, mas não se conhecem.
Os computadores podem informar os alunos, mas apenas os professores são capazes de formá-los. Somente eles podem estimular a criatividade, a superação de conflitos, o encanto pela existência, a educação para a paz, para o consumo, para o exercício dos direitos humanos. P.139

Um professor influencia mais a personalidade dos alunos pelo que é do que pelo que sabe. P.140

Não há jovens problemáticos, mas jovens que estão passando por problemas.
Não permita em hipótese alguma que os alunos chamem seus colegas de “baleia” ou e”elefante” por serem obesos. Discriminação é um câncer, uma mácula que sempre manchou nossa história. P. 145

Se os jovens não aprenderem a gerenciar seus pensamentos, serão um barco sem leme, marionetes dos seus problemas. A tarefa mais importante da educação é transformar o ser humano em líder de si mesmo, líder dos seus pensamentos e emoções. P. 148

O ser humano tem tendência de ser carrasco de si mesmo. Nossos piores inimigos estão dentro de nós. Só nós mesmos podemos nos impedir de sermos felizes e saudáveis. P. 149

Os professores são cozinheiros do conhecimento, mas preparam o alimento para uma platéia sem apetite. Seus alunos têm anorexia intelectual. P. 154

A escola dos meus sonhos une a seriedade de um executivo à alegria de um palhaço, força da lógica à singeleza do amor. Nela, os professores e os alunos escrevem uma belíssima história, são jardineiros que fazem da sala de aula um canteiro de sonhos. P. 155

A família dos meus sonhos é aquela em que os pais e filhos têm coragem de dizer um para o outro: “Eu te amo”, “eu exagerei”, “desculpem-me”, “vocês são importantes para mim”. Na família dos meus sonhos não há heróis nem gigantes, mas amigos. Amigos que sonham, amam e choram juntos. P. 155

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